As condições insuficientes do sistema carcerário no Brasil ficam evidentes em acontecimentos como o massacre do presidio Carandiru. Porém, a problemática é reflexo da extrema desigualdade social brasileira e ineficiente programa de ressocialização. O primeiro grande problema é a superlotação. O Sistema Integrado de Informações Penitenciária -Ifopen- afirma existir no país 607,731 cidadãos encarcerados. A falta de oportunidades no mercado formal, seja devido a baixa escolaridade ou preconceitos diversos, é um agravante forte para induzir indivíduos moradores de periferias ou ex-detentos a criminalidade. É preciso pontuar, ainda, que a violência existente na rede carcerária brasileira é extremamente prejudicial para toda a nação. O ócio durante o período de detenção e a quase total ausência de investimentos para melhorar as condições estruturais das penitenciárias são exemplos de fatores contribuintes para a precarização do sistema. Dessa forma, rebeliões, fugas planejadas e ineficiente ressocialização dos reclusos impactam diretamente a sociedade. Evidencia-se, portanto, que as condições hostis e desumanas dos presídios do pais precisam de reparos emergenciais. O Governo Federal deve incluir na receita do Programa de Aceleração do Crescimento -PAC- obras para reestruturar os presídios em condições precárias. Ademais, estudantes do ensino superior como psicólogos e assistentes sociais devem cumprir parte da carga horária dos estágios externos em campos de detenção como elo na humanização e ressocialização dos presos. Dessa forma, a cooperação entre Estado e população diminuirá a super lotação e a reincidência de ex-detentos.