Título da redação:

A vigilância que não prospera para reintegração social.

Tema de redação: Soluções para a precariedade do sistema carcerário brasileiro

Redação enviada em 10/03/2019

Para Foucalt, um dos principais filósofos do ramo da criticidade, " não vivemos mais na sociedade do espetáculo e sim na sociedade da vigilância", ou seja,no século vigente as pessoas estão sob exposição, sejam por elas ou por parte de terceiros. Em consonância a isso, o sistema prisional é pouco satisfatório, posto que a principal preocupação do Estado é deixar os presos à vigilância, esquecendo-se em investir em políticas sociais. A partir disso, soluções para resolver a precariedade do sistema prisional carcerário torna-se um desafio brasileiro. Deve-se pontuar, de início, o quão ineficiente é o sistema prisional. De acordo com uma pesquisa realizada pela Secretaria de Segurança Pública, no ano de 2017 cerca de 56% dos detentos quando ganharam liberdade voltaram a cometer os mesmos crimes. Dessa forma, o que falta como alternativa para atenuar essa situação é um olhar mais crítico por parte dos governantes, não adianta privar o indivíduo da convivência com a comunidade, tem que impor ações socioeducativas para garantir a reintegração social. É válido, assim, dizer, que implementação de profissionais que trabalhem com o aperfeiçoamento da mão de obra é útil, pois com isso irá gerar circulação de renda que pode ser reinvestida no próprio sustento individual. Por conseguinte, Jeremy Bentham, sociólogo,desenvolveu um modelo que para ele era essencial quando aplicado nas cadeias. No qual uma torre alta emitindo um forte feixe de luz atingia os presos e eles sabiam que estavam sendo vigiados, para ele, os detentos teriam o seus comportamentos moldados a partir disso. Logo, essa teoria foi posta abaixo, posto que sabe-se muito bem que as poucas medidas que irão impor alternativas de conscientização é educação aliada à qualificação profissional. Porém, uma grande barreira se faz presente, pois a grande sobrecarga populacional de presos impede que atividades como essas possam ser realizadas. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que para o século atual não seja marcado pela sociedade da vigilância, cabe ao Ministério da Segurança, investir em políticas de reintegração social, primeiramente, deve-se fazer uma reforma na distribuição de presos para aliviar a demanda, destinar presos para cadeias que tenham disponibilidade para receber essa população. Logo, atividades que gerem empregos como culinária, costura e educação são ótimas alternativas, pois irão gerar renda que pode ser convertida para sanar a precarização do sistema. Ademais, profissionais da saúde, como, por exemplo, psicólogos devem ser impostos para fazerem um acompanhamento da saúde mental e, dessarte, acompanhar o progresso do preso para que esse quando solto não torne à cometer os mesmos erros.