No contexto social vigente, é notório a precariedade do sistema carcerário brasileiro. A população prisional vive em um ambiente totalmente desfavorável a ideia de ressocialização do preso na sociedade. A superlotação das celas, causada pelo crescimento acelerado da população prisional, traz condições precárias para o sistema carcerário, fazendo com que o preso viva em condições subumanas. A ideia de ressocialização do preso é totalmente enfraquecida em um sistema carcerário que enfrenta um grande excesso de contingente, fazendo com que muitos deles voltem para a prisão por cometer novos crimes, aumentando mais ainda esse problema de contingente. Segundo o filósofo William James, o ser humano pode alterar a sua vida mudando sua atitude mental. Nesse contexto, salienta-se que o preso pode mudar a sua conduta na sociedade, desde que, primeiramente, haja uma mudança no seu modo de pensar. A maioria dos presos tem um nível de educação muito baixo, vindo de escolas públicas, onde a qualidade de ensino é precária. O falho sistema educacional brasileiro agrava mais ainda esse problema. Paralelo a isso, é lícito referenciar o filósofo Sêneca, que defende a ideia de que a educação exige os maiores cuidados porque influi sobre toda a vida. A educação capacita o homem, fazendo com que tenha mais respeito e noção de vida em sociedade, diminuindo, assim, a violência. Muitos presos não tiveram acesso a educação, logo, seus pensamentos éticos e morais são escassos. As condições subumanas que os presos são submetidos nas prisões, desde a superlotação das celas até ao descaso com sua saúde física e mental, praticamente impossibilita o ensinamentos desses valores ao viver em um ambiente contrário a qualquer tipo de reabilitação e reflexão. Para reverter essa problemática, cabe ao Governo Municipal junto ao Governo Estadual, investir mais receita na educação, melhorando a qualidade de ensino, tornando possível o ensinamento de valores éticos e morais, que são fundamentais para a vida em sociedade. Além disso, o Poder executivo deve aumentar os empregos na área de psicologia dentro das prisões, dando maior condição de reabilitação ao preso. Com isso, a longo prazo, a população prisional diminuirá, fazendo com que a precariedade do sistema carcerário acabe.