A precariedade carcerária no Brasil contemporâneo A histórica e violenta resposta policial à rebelião dos presidiários, que culminou no massacre do Carandiru, em 1992, foi um dos vetores para o debate contemporâneo acerca do sistema carcerário brasileiro, que, mostrando condições muitas vezes precárias, precisa urgentemente ser aperfeiçoado. Atualmente o Brasil conta com mais de 600 mil presos, número este que tende a aumentar ainda mais nos próximos anos. Entretanto, as péssimas condições de vida oferecidas pela maioria das prisões no Brasil, como superlotação de celas, má qualidade alimentícia, e, além de tudo o maltrato e desrespeito dos policiais para com os presos, fere, indubitavelmente, os Direitos Humanos promulgados pela Constituição de 1988. Mostrando-se mister na formação da sociedade, a escola ainda não faz o papel de vetor à aceitação e ressocialização dos presos, atitude esta que deve ser tomada de maneira imediata, seja por intermédios do estímulo à educação dos recém-libertos ou oferecendo trabalho a estes, afinal, segundo Immanuel Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Partindo do Governo Federal, uma reforma no sistema carcerário mostra-se indispensável no cenário prisional atual. Nela, o aumento da verba disponibilizada aumentaria a qualidade dos cárceres. Outrossim, a criação de políticas públicas voltada para ressocialização e inserção de presos no mercado de trabalho, aumentaria intrinsecamente não só a economia do país, mas também a qualidade de vida dos recém-libertos. Ademais, campanhas sociais dos veículos televisivos, que visem a aceitação da população livre para com os presos, também é uma maneira eficaz de acabar com esse mal que assola a sociedade hodierna.