Tornou-se evidente que o sistema carcerário brasileiro encontra-se em uma situação precária e desumana. Tal problema, que vem aumentando consideravelmente a cada ano, chegou a um estado de calamidade, tornando os presídios verdadeiros amontoados de presos sem condição mínima de vivência. Dentre os fatos que levam a essa mazela, deve-se destacar o ultrapassado modelo carcerário brasileiro e o crescente número de presos. No Brasil, os modelos carcerário e judiciário estão pautados na punição do determinado preso de acordo com seu crime. Na maioria das vezes, este sistema não leva em conta a possível ressocialização do mesmo, como ocorre em países como a Noruega, que vem demonstrando um imenso sucesso com tal forma de lidar com os detentos chegando até a desativar presídios. Isso só evidencia como as técnicas carcerárias brasileiras estão ultrapassadas e necessitam de mudanças. Infelizmente, dados do Infopen, Sistema Integrado de Informações Penitenciárias, mostram um aumento significativo no número de presos no Brasil, deixando o país com a quarta maior população prisional do mundo. Fato este, ligado principalmente com a educação pública brasileira precária , que colabora com a difusão da criminalidade entre os adolescentes, fazendo valer a seguinte frase de Immanuel Kant: "O ser humano é fruto do que a educação faz dele". Faz-se oportuno ,portanto, que o órgão gestor do modelo carcerário e judiciário brasileiro passe por uma reformulação que priorize a ressocialização dos presos, promovendo atividades como a leitura, aumento da escolaridade, trabalhos sociais, entre outros. Faz-se necessário também, que o Ministério da Educação receba mais investimentos que visem o melhoramento das escolas públicas e consequente diminuição de alunos fora dela.