Diante do contínuo crescimento da violência observado na sociedade contemporânea, surgem discussões a respeito de qual seria a melhor medida para combater o ato. A legalização da posse de armas de fogo por civis é uma das ideias que se faz presente, mas ao analisa-la é possível perceber que não seria vantajoso adotá-la. A personalidade indiana Gandhi, precursor da filosofia da não-violência, já dizia que “a posse de armas insinua um elemento de medo, se não mesmo de covardia”. Embasado nesse e em outros ideais, é correto afirmar que a Lei do Talião não se aplica à sociedade atual. Não é porque alguns delinquentes conseguem acesso ilegal a armas de fogo que, se os cidadãos também o conseguirem, não ocorrerão crimes. Pelo contrário, eles apenas irão se revelar mais violentos e sanguinolentos. Um estudo aponta que, nos Estados Unidos, onde há a legalização da posse de armas, ocorrem em média cem acidentes domésticos envolvendo armas de fogo e crianças por ano. Esta pesquisa conduz à conclusão de que o armamento não é a medida viável, já que acarreta novos tipos de violência, sem solucionar o atual. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. A solução para a violência se encontra em ações conjuntas da sociedade, como o projeto “Vizinhos contra o crime”, em que um vizinho auxilia no monitoramento da casa de outro, e vice-versa. Além disso, é imprescindível que haja reformas no sistema judiciário, para que tornem-se eficientes os julgamentos. Para isso, há de se rever o código penal e planejar novos modelos de castigos, como monitoramento via GPS, prestação de serviços comunitários, entre outros.