Sensação de insegurança, revolta pelos aumentos da violência e descrença na segurança pública fazem parte do cotidiano da sociedade brasileira. Muitos que passam por essas situações defendem a liberação do uso de armas de fogo para a população civil como uma auto prevenção, porém a aprovação desse projeto de lei terá consequências negativas à sociedade. Uma sociedade armamentista não seria como o esperado pelos simpatizantes. A junção da liberação das armas de fogo com a população que o Brasil tem, que faz justiça com as próprias mãos, só aumentaria os crimes em situações como traição, brigas de bar, brigas de trânsito, cobranças de dívidas e rixas de futebol. O Brasil apresenta dados e médias de homicídios ao ano mais elevados que conflitos armados como a guerra da Síria. Somado a isso, outro ponto negativo do porte de arma legalizado para pessoas civis seria a sensação de segurança para reagirem a um assalto, pois se pode pensar que armado você mata ou morre e desarmado você morre, porém as estatísticas dizem o contrário. Dados de alguns levantamentos realizados por jornais, como a Folha de São Paulo, mostram que mais de 50% dos casos de latrocínio foram resultantes de reação da vítima, logo, num possível futuro armamentista, os cidadãos armados podem, na verdade, estarem colocando suas vidas em risco. Pode-se concluir que uma sociedade armamentista no Brasil não pensará apenas em auto prevenção, porque em qualquer situação banal, as pessoas irão sacar suas armas e atirar. Portanto o Estado deve cumprir o que está na Constituição Brasileira e garantir a segurança pública, o bem estar e justiça social, investindo no órgão responsável que é a polícia. Junto a isso, as escolas, em parceria com ONG's, devem promover palestras abertas para mostrar a sociedade que a causa da violência e da criminalidade é a desigualdade social, e não o desarmamento.