"Mas naquela triste esquina um sujeito apareceu, com a cara amarrada, sua alma estava um breu. Carregava um ferro em uma de suas mãos, apertou o gatilho sem dar qualquer explicação. Esse clássico, da década de 1990, retrata uma realidade ainda persistente e cruel da sociedade brasileira: a alta taxa de violência provocada pela posse de armas de fogo. No ano de 2003, uma importante lei foi aprovada no Brasil e segundo análises do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, contribuiu para a redução de mortes violentas, o Estatuto do Desarmamento. Contudo, atualmente muitas pessoas ainda são vitimizadas pelo uso desse tipo de armamento, legal ou não. Dados estatísticos de locais que liberaram a posse de armas, como Nova York, nos Estados Unidos, mostram números alarmantes de casos onde civis atiraram contra seu próximo em escolas ou igrejas. Dessa forma, formalizar a obtenção desse tipo de equipamento não é uma solução para a problemática do contexto brasileiro. É evidente que há necessidade de fiscalização mais eficaz, por parte do governo federal, nas fronteiras do país, através da contratação de mais policiais rodoviários federais e policiais federais, para evitar a entrada de armas e munições ilegais.