Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Sociedade e armamento: solução para a violência?

Redação enviada em 24/07/2018

O Brasil é um dos países com maior índice de mortes violentas, assemelha-se, inclusive, aos que vivenciam guerras, como a Síria. Esse problema assolador está diretamente relacionado ao uso de armas de fogo. Nesse contexto surgem discussões e apontamentos na busca por soluções, principalmente no âmbito das leis. Como exemplo, uma das medidas adotadas foi criação o Estatuto do Desarmamento, cujo principal enfoque está na restrição do uso de armamento bélico e maior controle do Estado. Entretanto, o dilema extrapola as letras da legislação e expõe falhas preventivas na coibição da entrada de armas ilegais no País e, consequentemente, o uso irrestrito pela marginalidade. Embora alguns institutos de pesquisas apontem para a redução de mortes violentas, como resultado da entrada em vigor do Estatuto, o Mapa da Violência no Brasil destoa dessa posição e apresenta índices crescentes de homicídios à bala. Há de se considerar que o cidadão de bem, com o advento do regulamento, se desfez de seus artefatos, contudo indivíduos com índoles criminosas não tiveram a mesma postura. Nesse cenário surgiu uma sociedade coagida pelo banditismo, e este, por sua vez, burla o sistema e aumenta seu poderio armamentício, demonstrando o descontrole do Estado na contenção do impasse. Sob essa ótica é preciso avaliar que o território brasileiro possui mais de quinze mil quilômetros de fronteiras, que, na sua maioria, se conecta a nações onde o comércio de artilharias letais é livre, desse modo, tornam-se rotas para o tráfico. O Exército, responsável pela manutenção da proteção fronteiriça, não consegue impedir a entrada clandestina e, segundo a Polícia Federal, há estimativa de que haja no país mais de seis milhões de armas contrabandeadas, sob o poder de organizações criminosas. Logo, é inegável que criar uma norma e impor à população é plenamente aplicável, porém alcançar infratores é tarefa difícil e exige preparo e investimentos do Estado (em logística, pessoal e treinamento) que precisa estar a postos para punir transgressores e garantir a integridade de seus nacionais. Entende-se, portanto, que a criação de regras impositivas não foi suficiente para conter o óbice do uso indiscriminado de arsenais de uso restrito, visto que a criminalidade ignora as regras de defesa do país e, dessa forma, fica evidente a fragilidade de salvaguarda da nação. Diante dessa realidade, o Governo Federal deve agir, primordialmente, no controle de suas divisas, por meio de planejamento estratégico e inteligência em segurança pública, com melhor aproveitamento dos muitos integrantes das forças armadas, a fim de se antecipar aos criminosos. Ademais, cada ser que deseja viver em paz não pode furtar-se do dever de colaborar com a justiça, denunciando à polícia, ainda que de forma anônima, os crimes que tome conhecimento. Assim, com essas medidas, será possível controlar a guerra velada, testemunhada pela nação brasileira.