Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Sociedade e armamento: solução para a violência?

Redação enviada em 19/06/2018

Com a Primeira Guerra Mundial, o mundo ingressou em uma fase de grande utilização e inovação das armas de fogo. Atualmente, mesmo com o término de guerras mundiais, seu uso ainda é frequente, tornando-se um problema para a sociedade por conta do generalizado uso abusivo e incontrolável. Nota-se também que uma das raízes desse problema está na falta de políticas públicas que deveriam fiscalizar e alertar a população sobre a questão do armamento e suas consequências. Com isso, é preciso desenvolver uma cultura de combate à violência e, assim, promover debates sobre esse assunto a fim de informar à população que o armamento civil não é a única saída para a solução desse problema. Em primeiro plano, é evidente que a restrição do acesso às armas de fogo é imprescindível para o combate à violência. De acordo com uma reportagem da BBC, o Japão extinguiu o uso de armas e, como consequência, possui uma das menores taxas de crimes cometidos. Isso ocorre porque o ensino japonês é complexo, pois tanto no âmbito escolar quanto no familiar, as crianças são educadas e ensinadas. Porém, no Brasil, sistema público educacional é falho e com pouco suporte crítico e intelectual. Dessa forma, a população brasileira apresenta deficiente capacidade psicotécnica para o porte de arma, em vista de inúmeros casos de brigas e desentendimentos banais que, muitas vezes, causaram mortes. Um exemplo disso aconteceu em São Paulo, com o motorista de ônibus Joaquim Pereira, de 61 anos, que estava levando o veículo para a garagem e ao se envolver em uma briga no trânsito foi morto a tiros. Assim, percebe-se como a violência é capaz de transformar a realidade de muitos para pior e que a liberação de armas, consequentemente, poderá agravar esse quadro. Em segundo lugar, de acordo com Nelson Mandela, "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." Nessa visão, percebe-se o quão importante é a discussão sobre a cultura do combate à violência no processo de formação cognitiva das crianças e adolescentes. Assim, é impreterível que esse assunto seja discorrido, não só nos ambientes escolares, mas também na mídia, para que a população compreenda os problemas relacionados à ampliação do porte de arma, desenvolva a prática do diálogo e, com isso, consiga resolver seus problemas e conflitos com respeito e educação. Logo, é evidente que a escola é um ambiente propício ao desenvolvimento de diálogos agradáveis, pois se baseia na troca de ideias e opiniões para a promoção do saber e do conhecimento. Diante disso, torna-se claro que o combate à violência, na maioria das situações, se distancia da ampliação do direito à arma por conta da incapacidade psicotécnica popular e do estímulo a novos conflitos armados. Dessa forma, é preciso que os agentes do Ministério da Justiça alterem algumas leis instituídas, como a lei de número 3722, que facilita o porte de arma, colocando-a mais rígida, para que cada vez menos pessoas tenham acesso a esse poder. É necessário também que, os agentes educadores, das instituições de ensino, formadores do pensamento crítico da sociedade, precisam ampliar a abordagem sobre o assunto, para que, por meio de dinâmicas de empatia, possam promover a humanização de crianças e jovens frente a realidade de desvalorização da vida humana e animalização da sociedade. Concomitante a isso, a mídia audiovisual, como propagadores de discursos, através de seus agentes, deverá criar campanhas de esclarecimento, através de ficção engajada e propaganda, para diminuir a ignorância pública acerca dessa questão. Assim, cada indivíduo entenderá que seus problemas podem ser resolvidos por meio da educação e do respeito, e não pelo manuseio de armas de fogo.