Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Sociedade e armamento: solução para a violência?

Redação enviada em 24/02/2018

Para John Locke, importante sociólogo inglês, o Estado surge para segurar, sobretudo, o direito à vida e à propriedade privada em detrimento da liberdade do homem. Posto isso, as discussões, atuais, acerca do armamento de civis oportunizam reflexões sobre a possível solução da violência. Contudo, faz-se necessário aferir até que ponto tão somente o armamento de uma sociedade está associado à diminuição da criminalidade, tendo em vista que uma sociedade bem armada não implica sua seguridade. Observa-se, desde o Império Romano, que a violência urbana se revela uma crise humanitária no seio das sociedades modernas. Naquele tempo, o crescente aumento da criminalidade e a ineficiência do Estado Romano, em lidar com a barbárie, oportunizaram a ideia de se fazer justiça com as próprias mãos. Nessa perspectiva, é louvável que na falha do Estado em garantir direitos básicos, como a propriedade privada e o direito à vida, o cidadão contemporâneo busque as mesmas vias que os antigos, tornando o armamento de civis parte fundamental do processo. Nessa realidade proposta, a diminuição da violência se justificaria pelo “temor” dos criminosos, já que esses teriam de pensar duas vezes sobre a compensação de um crime. Entretanto, o Japão, país onde a taxa de homicídio é quase zero, percorre o caminho inverso, apresentando pesadas punições para aqueles que portam, ilegalmente, armas de fogo. Nesse sentido, quadros semelhantes aconteceram em demais países, como no Brasil, onde as taxas de homicídio, antes do Estatuto do Desarmamento, apresentavam números consideravelmente maiores, segundo dados do Ministério da Saúde. Logo, o total de amas legalizadas não resulta, necessariamente, na diminuição da violência em um país, o que determina a criminalidade é o império da lei. Dessa forma, importa destacar que o armamento da população civil, em sua maioria das vezes, apresenta-se como um fato negativo. Portanto, compete, sobretudo, ao Poder Legislativo promover e executar um novo plano de segurança pública, isso por meio da promulgação de leis mais rígidas aos que portam, ilegalmente, uma arma de fogo, bem como a criação de órgãos especializados no combate ao tráfico de armas.