O conflito entre pessoas, pelos mais variados motivos, é inerente a toda história do ser humano. Nesse contexto, baseado na premissa da proteção individual, a criação de artefatos como armas de fogo surgiu como solução para essas divergências. Entretanto, atualmente, é notório que a disponibilização facilitada de armamentos em uma sociedade fomenta um aumento da violência e de acidentes. É necessário analisar que a medida que o Estado possibilita o porte de armas para qualquer cidadão, proporcionalmente, eleva os indicies de crimes. Dentro desse quadro, no Brasil, boa parte dos homicídios são praticados por motivos fúteis que com a presença de armas acabam gerando mortes. Além disso, estudos comprovam que a difusão de armamentos, com o objetivo de inibir atos criminosos, é uma medida ineficaz. Dessa forma, em oposição aos apoiadores da legalização de armas como meio de combater a violência, o filosofo brasileiro Paulo Freire defende que a educação é a única maneira de mudar o comportamento e a mentalidade de uma sociedade Cabe ressaltar, também, que com a liberalização desses artefatos tornou-se recorrentes acidentes domésticos. Nessa conjuntura, devido à falta de treinamento e desconhecimento das regras de segurança, diariamente são registrados incidentes envolvendo armas de fogo. Sob essa perspectiva, o aumento do número desses equipamentos militares nas residências favorecerá um crescimento vertiginoso de acidentes que ocorrem, principalmente, com crianças. Fica claro, portanto, que a propagação de armamentos serve apenas para intensificar a violência. Por conseguinte, é dever do governo promover campanhas de desarmamento. Concomitantemente, ONG’s tem o papel de realizar palestras e ações sociais em áreas violentas objetivando esclarecer os ricos e as consequências ao utilizar uma arma. Por fim, é função das famílias e escolas a formação de indivíduos com a consciência de que violência não se combate com violência.