Nicolau Maquiavel dizia que as armas devem ser usadas em última instância, quando e onde outros meios não bastem, a fim de gerar a paz. Entretanto, é possível notar que, no Brasil, os índices de violência permanecem altos mesmo com o Estatuto do Desarmamento de 2003. Isso devido a falta de fiscalização Estatal e a não educação populacional. Primeiramente, o desarmamento civil não possui a ausência de violência como uma consequência direta, uma vez que ela está vinculada a muitos outros fatores - presença do governo com policiamento, conscientização social e repreensão á ilegalidade. Todavia, a situação atual brasileira, com crimes por arma de fogo 400% maior no últimos 30 anos, segundo portal G1, revela uma acomodação Federal. Tal situação se comprova na territorialização de espaços por facções criminosas que, além de possuírem armamentos de ponta, os vendem ilegalmente por todo país. Dessa maneira, evidencia-se, como propôs Weber, a necessidade de uma Dominação Racional Legal eficaz a fim de garantir a ordem e a justiça. Em um segundo plano, observando a questão das armas na Noruega, é possível notar que mesmo permitindo o seu porte, ela apresenta baixíssimos percentuais de homicídios. Contudo, não se pode usa-la como comparação tendo em vista as grandes diferenças culturais entre noruegueses e brasileiros: os primeiros apresentam grande preocupação com o bem estar coletivo; já o segundo ainda possui uma visão individualista de mundo. Esse fato está relacionado a formação histórica de cada país, porém, mostra a necessidade de conscientização através da educação aos brasileiros. Isso porque muitos daqueles que possuem licença para portar armas agem de forma imprudente e , sendo assim, objetivando a vingança, comentem crimes por não possuírem uma consciência coletiva de punição pelo Estado. Demostra-se, portanto, que a resposta para a minimização da criminalidade pode estar no desarmamento, no entanto, nunca somente nele. E, no caso do país, faz-se necessário que o Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça, Força Nacional e Exército, crie planos, para cada estado, visando a eliminação dos territórios do tráfico. Além disso, seria viável que as escolas e as famílias, realizassem palestras e diálogos que orientem aos jovens a importância da unidade e do bem estar social comum. Também poderia, a mídia, por intermédio da internet e da televisão, financiada pelo Estado ou por iniciativas privadas, veicular campanhas de desestimulem a violência e incentivem a cooperação entre o corpo social.