De acordo com o filósofo Thomas Hobbes, o ser humano é essencialmente mau por natureza e, com esse mesmo raciocínio, as pessoas favoráveis ao armamento civil defendem o direito do porte de armas para garantir a sua defesa pessoal. No entanto, será mesmo este o melhor caminho? Possuir uma arma não solucionará o problema da violência, se tornará mais um problema. A sociedade atual, se tratando do Brasil, não é, em sua maioria, sensata o suficiente para esse cenário. A Lei de Talião “olho por olho, dente por dente” será levada ao limite, seja por pequenas discussões no trânsito ou mesmo em âmbito familiar, com a violência doméstica, o impulso de usar a arma será maior e se tornará comum nos noticiários casos do tipo. Além disso,essa situação é causada principalmente pela falta de informação sobre o assunto, isto é, em alguns casos as pessoas são levadas a defender o armamento somente para se encaixarem em um grupo, por acreditarem ser tão fantástico quanto a mídia e filmes como “Os mercenários” apontam ser e a sensação de poder que possa causar, ou mesmo pelo discurso de representantes políticos, sem levarem em conta o objetivo inicial da discussão e fazendo, desse modo, mau uso do direito que lhes for dado. Diante disso, seria mais prudente não conceder à população o uso de armamento, mas considerar outros meios para resolver os problemas de segurança pública. A Receita Federal deve investir uma maior parcela dos impostos para aumentar o patrulhamento das cidades, dar maior remuneração aos policiais e melhorar os sistemas de monitoramento. Além disso, deve haver uma parceria entre mídia e governo para promover campanhas por meio de cartazes em lugares públicos ou propagandas em horário nobre,que enfatizem os problemas que podem ser evitados com o desarmamento e conscientização sobre o assunto.