O Estatuto do Desarmamento está em pauta há muito tempo, desde 2003, quando foi aprovado. Ele proíbe que civis portem armas, a não ser que, comprovem estar sofrendo ameaça à vida. Todavia, em 2012 foi apresentado um projeto de lei que tenta revogar o estatuto, pondo muitas pessoas em perigo, seja pelo acesso facilitado às armas, seja pela falta de controle dos homens. É indubitável que a revogação do Estatuto do Desarmamento facilita o acesso às armas. Sendo assim, se torna mais fácil não só para uma pessoa de boa índole ter uma arma mas também para uma pessoa de má índole. Agora, assaltantes, bandidos e criminosos em geral, podem adquirir um revólver e pôr em risco o direito a vida dos demais, como comprova o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Segundo um estudo do IPEA, a cada ponto percentual a mais de armas de fogo, sobem cerca de dois pontos na taxa de homicídio. Ademais, de acordo com o filosofo Sartre, o homem aprende a controlar a natureza antes de controlar a si mesmo. Dessa forma, é ressaltada a falta de controle do ser humano, que a partir do momento que possuir uma arma, pode fazer dela qualquer coisa, com ênfase para a justiça com as próprias mãos. Desde muito tempo as pessoas sentem-se descontentes com a justiça brasileira, alimentando o desejo de vingança que é facilitado com a posse de algum instrumento de ataque. Fica evidente, portanto, que o armamento não é a solução para a violência, pelo contrário, aumenta seus índices. Assim, cabe ao governo investir em segurança, suprindo a falta de policiais que muitos municípios sentem, garantindo que nenhum cidadão precisará de armas para se defender. A mídia, por sua vez, deve vincular nos meios de comunicação, como forma de conscientização, campanhas que mostrem as consequências do porte de armas, pois de acordo com Eduardo Galeano, o primeiro passo para mudar a realidade é conhecê-la, sendo assim, só a informação encoraja a mudança.