Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Sociedade e armamento: solução para a violência?

Redação enviada em 06/11/2016

Diariamente, ao acompanhar as notícias nos jornais, é comum concluir que a violência já é parte da rotina do brasileiro. Assaltos, assassinatos, sequestros... essas vicissitudes deixam a população com uma sensação de insegurança permanente, já que as tentativas de diminuir a regularidade desses episódios têm sido ineficazes. Nesse sentido, é colocada em pauta a reestruturação do Estatuto do desarmamento. Essa situação gera debates sobre o armamento civil, o que diminuiria a falta de segurança e, ainda mais, a sensação de impotência do cidadão. No entanto, esse recurso se mostra eficiente somente na teoria, já que na prática ele não soluciona o problema e pode gerar outros ainda mais preocupantes. É importante, primeiramente, pensar que a questão da violência no Brasil é muito profunda e está calcada em outras questões como a desigualdade social, o sucateamento da educação pública e o ausente ou ineficaz processo de ressocialização de reclusos. Isso significa dizer que armar a população não resolve nem um terço do gigante problema que Governo e Sociedade têm em mãos, já que o indivíduo que comete um crime representa somente a ponta de um enorme iceberg. Defender-se de um assalto, por exemplo, não significa, necessariamente, estar seguro, uma vez que a insegurança não é causada por crimes isolados, mas por uma estrutura que a sustenta. Além disso, ao analisar as possíveis consequências desse recurso, podem ser constatados uma série de problemas que agravariam o estado de violência que é vivido pela sociedade, já que, fatalmente, as armas seriam usadas em outros contextos além da defesa pessoal. Nos EUA, por exemplo, onde o porte e compra desses artigos têm poucas restrições, são comuns os casos de assassinatos ou mesmo de chacinas promovidas por civis. Armas dentro de casa costumam se voltar contra a própria família muito mais do que servirem para a defesa pessoal. Segundo o FBI, para cada sucesso no uso defensivo de arma de fogo em homicídio justificável, houve 185 mortes com arma de fogo em homicídios, suicídios ou acidentes. Isto é, em situações em que não havia nenhum assalto ou crime similar em curso. Fica claro, portanto, que a facilidade do acesso à armas para civis não deve ser uma opção a ser considerada, já que se mostra um recurso perigoso e nocivo a toda a sociedade, além de não representar uma solução para o problema da violência. Desse modo, cabe à bancada de Deputados contrária à mudança divulgar dados, para toda a população, de países como Japão e Inglaterra, os quais possuem ínfimos índices de assassinatos e têm severas restrições quanto ao uso de armas de fogo. Concomitantemente, emissoras de rádio e tv devem ser organizar e, com o intuito informativo/apelativo, produzir vídeos e documentários com famílias e indivíduos vítimas de arma de fogo, para influenciar a população a ser contra a mudança.