Título da redação:

O porte ilegal da violência

Tema de redação: Sociedade e armamento: solução para a violência?

Redação enviada em 08/07/2017

Decerto, a violência no Brasil está ganhando proporções ainda maiores ao longo do tempo. Por isso, o debate acerca da construção de uma solução para esse problema está em alta na sociedade. Entretanto, deve-se manter muita cautela sobre as respostas para essa situação, a fim de evitar ações que possam gerar ainda mais violência, como é o caso da proposta do armamento da população. Em primeiro momento, o ponto inicial a ser analisado é de que a responsabilidade de garantir a segurança da população advém exclusivamente do Estado, através de suas corporações policiais, que na maioria dos casos não possuem investimentos necessários para seu trabalho. Além disso, a situação atual que se encontra o nível de violência no país certamente gera a revolta da população e faz com que o cidadão confunda o seu papel e o dos Poderes quanto à solução desse problema. Por isso, deve haver uma conscientização do civil em relação a sua função no âmbito social. Ademais, outro ponto dentro do contexto a ser observado é o despreparo do civil quanto ao porte legal de armas e a sua não efetividade na redução da violência. Fato esse que reflete na pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) que concluiu que, após a aplicação do Estatuto do Desarmamento, a taxa de homicídio no Brasil caiu em 12,6%. Logo, o armamento, junto com a incapacidade do cidadão, é claramente um fator contribuinte para o aumento da violência no país. Portanto, o porte de armas para o cidadão é na verdade um coeficiente a mais para a criminalidade. Sendo assim, a proibição do armamento deve continuar a ser aplicada e para sua maior fiscalização os Governos Estaduais devem aumentar os poderes efetivos de suas polícias, com melhores treinamentos e um suporte maior para sua vigilância no país. Além do apoio das mídias divulgando a campanha do desarmamento nos meios de comunicação. Dessa maneira, a sociedade se torna mais consciente não só do seu papel, mas também do Estado e garante um futuro melhor para as próximas gerações.