Arcabuzes, assim foram denominadas as primeiras armas de mão desenvolvidas pelo homem. Essas passaram a ser constantemente usadas em guerras e foram sofrendo cada dia mais evoluções. Até que chegamos aos dias atuais e as mesmas tem o poder de matar em questão de segundos e serem de fácil acesso, principalmente por criminosos. Devido a isso a sociedade vive um medo constante, o que leva muitos a acreditar que a melhor solução seria armar-se também, como forma de solucionar a violência que lhes afeta. Sabe-se que, no Brasil, o porte de armas por civis é proibido pelo Estatuto do Desarmamento e por causa disso, em 2015, uma bancada de parlamentares ligados aos interesses dos fabricantes de armamentos e denominados “bancada da bala” tentou extinguir o presente Estatuto e legalizar o uso de armas por civis, alegando que essas seriam usadas para legítima defesa, em virtude do aumento da criminalidade no país. É de opinião comum que o medo leva a atitudes impensadas e o fato de a pessoa estar armada em situações de perigo pode elevar ainda mais o risco de mortes, inclusive de indivíduos já acostumados a manusear armas e que possuam porte, como policiais por exemplo. Então a ideia de armar civis torna-se infundada, por ser um fator capaz de contribuir para o aumento da violência ao invés de ameniza-la, como alegam aqueles que são a favor da distribuição incontrolável de armas por todo o país. Nota-se que o real problema é a falta de segurança pública brasileira que não pode ser sanada aumentando o acesso a um de seus principais propulsores: o armamento. É visto que alguns daqueles que elaboram as leis estão a favor da distribuição de armas devido a interesses pessoais e outros por medo de enfrentarem o inseguro país em que vivem. Dado o exposto é necessário que o governo federal aumente o repasse de verbas para ser gasto com segurança pública e que os governos estaduais e municipais melhorem o patrulhamento, aperfeiçoem a formação dos policiais e lhes forneça melhores salários e condições de trabalho, em todas as cidades brasileiras de forma a assegurar uma vida mais segura a todos os cidadãos brasileiros.