A proposta do armamento civil como caminho para combater a violência e a criminalidade tem ganhado apoio popular no Brasil atual. Esse fato é alarmante e se deve a dois fatores: a descrença das pessoas na eficácia do estado e a influência da mídia sensacionalista que , visando apenas a obtenção do lucro, enfatiza e ``vende´´ a violência contribuindo, assim, para a formação de uma sociedade do medo. O maior acesso a armas não soluciona as questões apontadas. Logo, atitudes devem ser feitas a fim de tornar a população mais esclarecida perante o assunto. Em primeiro lugar, uma sociedade armamentista traria um efeito oposto ao esperado pelos seus simpatizantes. Segundo o sociólogo Sérgio Buarque de Holanda em sua tese sobre ´´o homem cordial´´ o povo brasileiro , de modo geral, tende a valorizar mais a emoção do que a razão em sua forma de agir .Por conseguinte, com a liberação de armas de fogo para a população civil, haveria um aumento considerável de crimes motivados por banalidades , tais como traições amorosas, brigas de bar e rixas futebolísticas. Em segundo lugar, a sensação de confiança proporcionada pelo porte de uma arma incentivaria a população a adotar uma postura bastante contraindicada pelas polícias Civil e Militar : reagir a assaltos. De acordo com as pesquisas, os casos de latrocínio - roubo seguido de morte - , em sua maioria, são resultado da reação das vítimas .Assim, pessoas inocentes motivadas por uma ilusão de poder colocariam suas vidas em risco. Em função dos aspectos apresentados, as escolas em parceria com algumas ONG`s devem promover palestras abertas ao público que visem torna-lo mais instruído a respeito do assunto, destacando que violência e criminalidade são fenômenos causados pela desigualdade social e não pelo desarmamento. Some-se a isso uma campanha nas mídias sociais de iniciativa governamental cujo tema fosse inspirado nas palavras de Nelson Mandela : ´´A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo´´. Dessa forma, o Brasil será mais pacífico e seguro para seus cidadãos.