Título da redação:

Como diminuir a violência com mais violência?

Tema de redação: Sociedade e armamento: solução para a violência?

Redação enviada em 22/06/2018

Em 2015, foi aprovado um Projeto de Lei, que ainda está em aberto para votação, com o objetivo de revogar o Estatuto do Desarmamento, que proíbe o porte de arma a civis. O principal foco em sua aprovação é dar à população o direito de defesa inerente a todo ser humano, principalmente em um país com índice crescente de violência como o Brasil. Porém, é realmente lamentável que os políticos responsáveis por conceber novas leis estejam mais preocupados em armar o povo do que em criar uma administração pública eficaz. É notório que permitir o porte de arma seria o famoso "enxugar gelo", afinal combater o uso de brutalidade por alguns com a permissão do uso de brutalidade por todos não pode ser a solução. O povo brasileiro não está preparado estruturalmente, tão pouco psicologicamente para carregar um instrumento que pode dar fim à vida de quem se deparar com alguém sem consciência que o tiver em mãos. Entretanto, há quem defenda o uso livre de armas, com a alegação de que seria exatamente isso que diminuiria o índice de criminalidade no país. Para tanto, é feita uma comparação entre a alta violência do Brasil desarmado e a baixa violência dos Eua armado. Todavia, fazer tal sugestão é incabíve ao levar em conta a enorme diferença entre os países, um em desenvolvimento e o outro já desenvolvido e com uma disciplinada organização pública. Há de se comparar, portanto, os EUA com o também desenvolvido Japão, que possui um dos menores índices de crimes e uma política de desarmamento e de imposição de barreiras na compra de armas. Conclui-se, portanto, que antes de se pensar em dar máquinas mortíferas na mão do homem, deve-se mensurar as consequências desse ato. Portanto, a Câmara e o Senado devem se preocupar primeiramente com leis que visem uma política pública adequada e uma segurança eficaz, que não dêem motivos para que alguns pensem no armamento como solução. Assim, o país pode se espelhar no modelo do Japão e alcançar um desenvolvimento seguro para todos os brasileiros.