Título da redação:

Brasileiros: com ou sem arma?

Tema de redação: Sociedade e armamento: solução para a violência?

Redação enviada em 08/11/2016

No século XXI, no Brasil, o exorbitante número de mortos por armas de fogo, principalmente por portadores ilegais, vem impulsionando amplas discussões jurídicas e políticas em relação ao desarme da população brasileira. Essa medida seria um processo absolutamente plausível de lidar com a situação, observando que, quanto menor o número de pessoas armadas, menores são as chances de um crime ou acidente vir a acontecer. Nesse contexto, com o surgimento de armas de fogo, como metralhadoras e rifles, na Primeira Guerra Mundial, tornaram-se mais acessíveis esses armamentos tanto aos exércitos dos países quanto ao contrabando e até mesmo à população. Diante disso, o aumento do número de pessoas portadoras de armas possibilita ainda mais o risco de acontecer acidentes, assaltos e homicídios, tornando a sociedade mais suscetível à violência. Além disso, são comuns nos noticiários internacionais casos envolvendo crianças que, ao encontrarem as armas dos seus pais, usam-nas como brinquedo e acabam se ferindo gravemente, levando até, em alguns casos, ao óbito. Nessa perspectiva, o Estatuto do Desarmamento vigente no Brasil já reduziu significativamente o número de pessoas portadoras de armas, diminuindo assim a frequência de mortes por armas de fogo. Porém, um novo projeto de lei compromete vários aspectos do estatuto atual, reduzindo a idade mínima para portar armas e validando sua permanência sem renovação. Esse fato é um retrocesso o qual permitirá que mais pessoas tenham acesso a armas de fogo. Ademais, em plebiscito o comércio de armas e munições foi rejeitado pela maioria dos votos da população. Urge, portanto, que haja um maior investimento em políticas de desarticulação do contrabando de armas de fogo, visando à diminuição de pessoas mal-intencionadas de possuírem esse tipo de armamento. Em adição, faz-se necessário que o governo, em parceria com os veículos midiáticos, proporcione campanhas que conscientizem a população, mostrando os malefícios à sociedade no tocante à posse de armas de fogo. Também, é imprescindível a continuidade do Estatuto do Desarmamento, sem substituição, o que ainda promoverá um número menor de pessoas que possam utilizar armas.