A sociedade armada poderá apresentar consequências caóticas ou garantir que todos tenham seus direitos de defesa da integridade física, social e político intacto. O que determinará isso será o nível educacional oferecido pelo Estado e de leis, campanhas e regulamentos que farão que apenas pessoas de bem tenham armas. Um dos argumentos usados por quem defende as campanhas de desarmamento é que desde a criação do Estatuto do Desarmamento houve uma retração em aproximadamente 12 por cento nas taxas de homicídio, segundo o IPEA. Entretanto, os países que possuem menos armas de fogo têm taxas de homicídios três vezes maiores do que os países com maior difusão desse armamento, na Europa, segundo o site www.mises.org.br. É notório que a maioria dos países Europeus possui uma educação básica de melhor índice do que a brasileira, percebe-se, portanto, que a relação entre a taxa de homicídios e armamento estabelece paralelos com a educação. A situação de miséria presenciada em alguns núcleos urbanos devido ao abandono do Estado, como nas favelas, faz com que jovens sejam vulneráveis ao aliciamento criminoso. Inúmeros desses que entram no mundo do crime necessitam de armas de fogo para homicidar, latrocinar e cometer outros crimes. Infrações que, geralmente, resultam em morte e concomitantemente nas taxas de homicídio de um país. O armamento da população é interpretado, de forma equivocada, como somente um meio de combater a criminalidade. A Revolução Americana de 1776, que libertou a população estadunidense dos laços coloniais ingleses, não haveria por ter acontecido se não fosse pelo armamento da população, infere-se então que o armamento dos cidadãos de bem é também uma forma de garantir força física além da política, para ser usado como recurso extraordinário após o esgotamento de todas vias diplomáticas e políticas. Destarte, cabe ao Ministério da Educação, em parceria com as secretarias equivalentes nos poderes estaduais e municipais, a implementação de escolas de qualidade nas áreas vulneráveis das cidades, como nas favelas, a fim de resgatar jovens do crime e precaver o aliciamento de outros. Outrossim, o Ministério das Comunicações, em parceria com as mídias televisivas, sociais e jornaleiras, ficará responsável pela criação e difusão de campanhas educativas sobre os cuidados e responsabilidades referentes ao porte de arma. Além disso, o Congresso Nacional deverá elaborar leis mais intransigentes de punição aos crimes com armas de fogo, visando a punição das pessoas que se aproveitarem do direito de ter arma e distorcerem o direito de armar-se para defesa e garantia da vontade do povo. Ademais, o Governo Federal deverá criar uma instituição com a finalidade de regular as pessoas que terão direito à compra de armas, para evitar que pessoas com ficha criminal, sem plenitude psicológica e outros fatores de risco, adquiram armas de fogo.