Desde a aprovação do Estatuto do Desarmamento em 2005, é evidente a contínua diminuição das mortes por armas de fogo no país, porém essa redução pode não significar a melhoria da segurança, pois o aumento da violência não esta ligado a quantidade de armas em circulação mas sim a quem detém o porte. Em primeiro lugar, é necessário ter em mente as consequências de uma menor restrição a circulação de armas. O indivíduo que detém o porte por muitas vezes não tem o controle total do objeto, permitindo acidentalmente o acesso ao armamento por pessoas que não possuem capacidades psicológicas para o manuseio como crianças, ou ainda portar armas estando em estado de embriaguez ou descontrole emocional(fúria, depressão), e nesse caso podem ocorrer as mortes. Em segunda instância, é preciso esclarecer a sociedade que o intuito de uma possível revogação do Estatuto não é apenas melhorar o direito de defesa, mas também utilizar o armamento como forma de reduzir a violência. O mercado ilegal de armas sempre esta em alta, e criminosos tem acesso fácil, o contrário do cidadão de bem, este encontra-se vulnerável perante a um sistema de segurança ineficiente, e neste caso a lei produz efeito inverso, desarma o "trabalhador" e mantém bandidos armados. Portanto, um maior acesso a armas seria uma solução para a violência, mas para isso é necessário fazer o uso da tecnologia na criação de um sistema nacional de controle e monitoramento em que se possa cadastrar a arma e o dono e rastrear ambos em caso de delito cometido. Por fim, é imprescindível aumentar a fiscalização sobre a entrada ilegal de armamento no país, além de criar um mercado estatal como única maneira de obtenção, dessa forma seria possível o controle total sobre a circulação.