Título da redação:

A incessante perda de vidas

Tema de redação: Sociedade e armamento: solução para a violência?

Redação enviada em 18/11/2016

Ao corretor: Há umas semanas entrei em contato com o administrador do site explicando que estudo somente para a Polícia Militar e que os temas propostos não atendem minhas necessidades por serem voltados ao enem, perguntei-lhe se seria possível enviar temas da minha área e a resposta foi negativa. Entretanto, o tema que envio agora me interessa, por isso, peço para que corrija não no padrão Enem, e sim VUNESP, voltado para a segurança pública, pois provavelmente essa será minha única oportunidade nesse site. Agradeço desde já. “Se você não é policial nem bandido, desarme-se”, essa foi uma das propagandas incentivadoras ao desarmamento assim que o estatuto foi aprovado, em 2003. A obviedade dos beneficiados com ele se tornou vultoso além do policial somente o bandido possui arma de fogo, tirando do civil a chance de defender a si e a família, obrigando-o a render-se perante o meliante. A diminuição no número de assassinatos leva em conta um menor óbito de bandidos por legítima defesa, enquanto esses se proliferam os cidadãos dignos são cruelmente executados por eles sem a menor chance de ração, logo, há proporcionalidade entre a aplicação do estatuto e a baixa taxa de morte com a não aplicação e a redução dela. Desconsiderando legítima defesa, se o estatuto realmente funcionasse não haveria mais assassinatos, logo, quem tem ânsia por matar não precisa de arma, faz com o que tem à disposição. A polícia, por enquanto, é o único meio que pode combater bandidos, entretanto, ela não é onipresente nem onisciente para resolver o problema de todos a todo o momento. A legalização da arma se torna uma forma eficaz de autodefesa, contudo, seu acesso deve ser burocratizado. Enquanto o estado paralelo adquire armas compatíveis com o exército é válida a menor tentativa de defesa por parte do cidadão, com armas mais simples: testes psicológicos, avaliação de antecedentes criminais e renovação deles a curto prazo e, inicialmente, permitida somente em residência. O comércio ilegal de armas e a morte de inocentes são incessantes, a frieza com que elas ocorrem traumatiza e destrói famílias diariamente, sem a menor chance de reação. O armamento não é solução para o fim da violência, ela nem existe, pois se existisse ela já estaria extinta, entretanto é um modo de se assegurar, mesmo que minimamente. A burocratização para a posse deve ser efetiva, caso contrário o quadro pode piorar, dar chance ao cidadão para sair ileso de atos criminosos é o mínimo a ser feito para buscar equilibrar a sociedade.