Título da redação:

Uma faceta perversa da globalização

Tema de redação: Saúde global em tempos de globalização

Redação enviada em 17/08/2015

Integração regional. Fluxo acelerado de capital. Comunicação instantânea. Essas são algumas características inerentes ao atual processo de globalização o qual o mundo vive. Nos últimos anos, tal fenômeno passou a ser o principal responsável por transformações na esfera econômica, social e cultural do planeta, fato que também refletiu de forma negativa na saúde global. Diante disso, faz-se necessário a adoção de medidas que visem a minimizar esse efeito maléfico da globalização. Embora atinja todo o planeta, a globalização proporcionou diferentes impactos no espaço mundial. Em decorrência do sistema capitalista de caráter segregacionista, tal processo acabou por intensificar as disparidades socioeconômicas entre os países. Nações do continente africano, por exemplo, devido a falta de recursos, sofrem com a pobleza extrema e, por consequência, possuem sistemas de saúde precários ou inexistentes. Essa situação deixa a população à mercê da propagação de doenças, como ocorreu recentemente com o risco de pandemia do Ebola iniciado na África. Isso demonstra a faceta perversa do mundo globalizado. Não obstante, se de um lado essa segregação preconizou a expansão de enfermidades nos países pobres, de outro ela contribuiu para disseminar as chamadas "doenças da modernidade", sobretudo nas nações mais abastadas. O capitalismo globalizado desencadeou o aumento do consumo de alimentos e hábitos não saudáveis através das redes de "fast food" e dos produtos industrializados. Por conta disso, segundo o Ministério da Saúde do Brasil, houve um crescimento substancial de obesos e indivíduos com problemas cardiovasculares potencializados pelo mal do século XXI: o estresse do mundo moderno. Portanto, cabe aos países, em conjunto com instituições como a ONU, fixarem metas e ações de ajuda global para diminuir as desigualdades ocasionadas pela globalização, a fim de coibir a expansão dos problemas de saúde nas nações pobres. Ademais, no que concerne ao Brasil, o governo, em parceria com as escolas, deve desenvolver projetos educativos que objetivem informar a população acerca dos riscos da manutenção de maus hábitos alimentares, além de expandir o tratamento das "doenças modernas" na rede pública de saúde.