Durante a Idade Média pessoas com problemas mentais eram consideradas pecadoras e excluídas do meio social. Haja visto isso, hodiernamente a sociedade desvencilhou-se dessa concepção religiosa, entretanto ainda há estigmatização da doença mental. Posto isso, há dois fatores que devem ser levados em consideração: a inferiorização de problemas psicológicos e a censura de discussões acerca de problemas mentais. Com isso, é indiscutível que a população marginaliza doenças mentais e propaga sofismas sobre essas. A partir disso, no período ditatorial brasileiro havia aplicações de tratamentos cruéis típicos de manicômios na área da saúde mental. Dentro disso, atualmente há um maior acolhimento na área da saúde e no regime democrático em relação a quem sofre com problemas psicológicos. Todavia, é notório que a sociedade brasileira ainda perpetua falsos conceitos como “doença mental é fruto da imaginação”, “pessoas com doenças mentais são burras e preguiçosas”, que ocasiona a instabilidade e a insegurança desses e resulta no uso de drogas para o alivio desse desconforto ocasionado pelo preconceito. A partir do pressuposto, é indubitável que deve haver a quebra de paradigmas e a difusão de informações sobre saúde mental. Com base nisso, a artista Demi Lovato criou a campanha “Be Vocal”, no qual incentiva o público a falar abertamente sobre problemas mentais. Nesse viés, é imprescindível que a mídia use seu poder e informe a população sobre a importância de ter uma estrutura emocional e crie campanhas como a do “Brasil que eu quero”, para que quebre esse paradigma de que está mal emocionalmente é frescura, haja vista que hodiernamente há uma pressão social desde criança para que sejam bem sucedidas e por consequência há inúmeros jovens e adultos inteligentes com um emocional de um bebê. Destarte, apesar da evolução no tratamento de doentes mentais ao longo da história, ainda há um preconceito enraizado. Por conseguinte, o Ministério da Educação em parceria com o Ministério da saúde deve determinar a obrigatoriedade de palestras e acompanhamento de psicólogos nas instituições de ensino, com intuito de compreender os problemas seja dos professores, seja dos alunos e auxilia-los no tratamento e controle do seu estado mental, a partir da comunicação e técnicas que não envolvam remédios, em que os casos extremos de instabilidade sejam levados a psiquiatras, esses irão utilizar medicamentos para aliviar os problemas até que o paciente torne-se autônomo.