A humanidade convive com a chamada "loucura" há séculos e, antes de se tornar um tema de cunho médico, o louco habitou o imaginário popular de diversas formas, inclusive de muitos autores: "A loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da razão."Já dizia Machado de Assis em seu livro O Alienista de 1882, em que o problema das doenças e da saúde mental foi abordado de forma significante. A saúde mental no Brasil, começa a ser estudada no país com a vinda da Família Real, durante o século XIX, em que hospícios foram construídos para inserir aqueles que eram considerados malucos perante a antiga sociedade patriarcal.Na contemporaneidade, muitos estudos já foram feitos a respeito das doenças mentais, mas a alusão a loucura daqueles que possuem disfunções psíquicas, mantém -se. Depressão, ansiedade, bulimia, são alguns exemplos de transtornos que assolam grande parte da população brasileira, que segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), ultrapassa a marca de 23 milhões de pessoas. A mais conhecida e a mais preocupante dentre as doenças citadas é a depressão, um termo utilizado na psiquiatria para designar um transtorno de humor, uma síndrome em que a principal queixa apresentada é o humor depressivo e às vezes irritável, durante a maior parte do dia. A doença não deixa marcas aparentes, é impossível de ser diagnosticada por exames laboratoriais ou até mesmo exames de imagem, confundidos por muitos com uma tristeza normal, os sintomas podem passar despercebidos. Mesmo assim, a depressão é a quarta principal causa de incapacitação em todo o mundo e, de acordo com pesquisas da OMS, em 2030 ela será o mal mais prevalente do planeta, à frente de câncer e de algumas doenças infecciosas. Essas considerações nos levam ao convencimento de que é necessário ampliar a discussão e o estudo acerca do atendimento ao portador de sofrimento mental ,é de extrema importância ressaltar que um atendimento humanizado e social busca melhorar a qualidade de vida estabilizando o quadro da loucura, inserção, respeitando a singularidade do sujeito no espaço social e comunitário onde este se encontra.