A questão de saúde pública é, antes de tudo, questão educacional. Contenção epidemiológica não deve ser um processo dependente de apenas alguns setores como governo e/ou profissionais de saúde locais, pois qualquer pandemia foi, em alguma hora, endêmica. Uma doença restrita à uma localidade no planeta não tendencia à inércia devido à globalização, fator que permite, entre diversas atividades, o deslocamento humano. Ao contrário, porém, do que seria o primeiro pensamento de solução, o isolamento não é uma opção viável. Além de discriminatório, ignorar um surto patológico é auxiliar em seu desenvolvimento, portanto, o envio de reforços médicos e hospitalares por nações, ONGS, empresas ou qualquer outro membro com condições é uma ativação automática de segurança no próprio território. Essa condição, antes mesmo de financeira, é de educação. Não é uma ação que precisa ser tomada com base emocional de que ajudar alguém do outro lado do mundo faz bem aos sentimentos, em um mundo capitalista, ações assim já perderam o sentido. Reconhecer que a saúde ao lado é potencialmente importante é um distanciamento da ignorância. Pensar em saúde individual é pensar, anteriormente, na global, pois tudo faz parte de um conjunto. E basta uma pequena estrutura de conhecimento para saber que esse conjunto, antes, foi unidade.