Durante uma passagem do livro O cortiço de Aluísio de Azevedo, João Romão se depara com seu cortiço em chamas, e percebe que todo o seu patrimônio que havia construído estava queimado. Nesse sentido, de forma análoga, o recente incêndio que devastou todo o acervo histórico-cultural brasileiro é consequência da falta de manutenção e estrutura dos museus e bibliotecas. Dessa forma, é necessário analisar as causas e efeitos que geram tal problemática. A princípio, a falta de interesse e a desvalorização de passado reflete na formação de populações futuras, Segundo o filósofo George Santayana, aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo. Desse modo, a sociedade que não preserva seus patrimônios histórico-culturais está em direção de uma estagnação cultural, prejudicando assim novas populações. Afinal, existe também a má gestão do setor público em especial o descaso dos governantes, em consequência da falta de estrutura, manutenção e reformas, os museus se tornam ainda mais vulneráveis a ataques ou acidentes levando a perda de arquivos e até mesmo a vida de pessoas que frequentam esses locais, Segundo o filosofo ateniense Sócrates, os erros são consequência da ignorância humana, sendo assim os equívocos dos políticos prejudicam diretamente a evolução intelectual, cultural e histórica de uma nação. Destarte, medidas são necessárias para resolver o impasse, cabe ao Governo junto ao Ministério da Educação promover meios para incentivar o estudo e o interesse pela história, em especial a preservação de suas fontes, através de palestras e excursões a museus e bibliotecas, mostrando a importância social e cultural que esse espaço pode proporcionar e assim desenvolver uma sociedade com princípios de valorização e preservação do nacional.