O conceito histórico em que o Brasil foi concebido, por si só, já diz muito a respeito da já, impregnada, segregação social que assola o país. Mesmo com a libertação dos escravos (em 1888), passando pelas relevantes conquistas trabalhistas, na Era Vargas, e chegando às atuais políticas públicas sociais, o Brasil ainda não conseguiu se livrar do abismo social que segrega a nação. Assim, fica evidente a necessidade de investir na educação de base como forma de promover o desenvolvimento socioeconômico do país. É notório que as atuais políticas socioassistenciais, vigentes no país (como o Programa Bolsa Família), promoveram um avanço significativo no combate à desigualdade social, contribuindo com a diminuição da pobreza, da fome, do trabalho infantil e promovendo um aumento da renda de famílias que viviam, até então, abaixo da linha da miséria. Outros benefícios, como a bolsa escola e as cotas universitárias também foram grandes conquistas da sociedade e atuam no combate à desigualdade. Todavia, os benefícios desses programas se revelam como medidas paliativas, que apenas ladeiam o problema, sem, no entanto, resolvê-los. É preciso investir na educação pública de qualidade. Faz-se necessário formar nossas crianças com solidez, nivelando a população – sobretudo carente – num nível mais elevado de condição cultural, social e econômica; para que no futuro essas pessoas não sejam mais dependentes de políticas públicas e possam produzir para o país, contribuindo para o crescimento igualitário do mesmo. Visto isso, concluímos que é preciso manter e melhorar as atuais políticas socioassistenciais, porém, fica evidente a necessidade de investir em medidas de longo prazo, como promover a reforma da educação pública do país, pois educação gera formação, que gera emprego, que gera renda e contribui com o crescimento econômico da nação, promovendo a tão sonhada igualdade social.