Fome zero. Bolsa escola. Bolsa família. Bolsas e mais bolsas refletem o cenário de políticas públicas distribuídas aos cidadãos brasileiros nesses últimos quinze anos. Essas medidas são fundamentais para o desenvolvimento do país, entretanto necessitam ser aplicadas de forma correta para uma maior eficácia. Programas de auxílio governamental visam acabar com a desigualdade no país e dar mais oportunidades aos indivíduos. A desigualdade exposta em pesquisas é real e mais conflituante ainda quando observadas detalhadamente. Poucos têm muito e muitos têm muito muito pouco. Para amenizar esse contraste o governo usa como base a famosa frase de um grande filósofo. Já na Grécia antiga, Aristóteles dizia que é necessário tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que se desigualam. Esse tratar desigual, no caso das populações carentes é oferecer auxílio financeiro aos que necessitam, algo realmente bom, mas que pode gerar dependência e problemas ainda maiores. Tal fato evidencia que é necessário não apenas dá o peixe, mas ensinar a pescar. Medidas paliativas como as diversas bolsas oferecidas no país são muito importantes, mas a curto prazo como o próprio nome sugere, pois ter uma bolsa "eternamente" desenvolve no cidadão comodidade, ociosidade e pequena perspectiva de buscar melhorar sua condição. Esses desfechos ao invés de contribuir para o desenvolvimento do país, têm o resultado contrário. Observa-se que em tantos anos de medidas, o país pouco se desenvolveu.Ter o registro internacional e a publicação de que saiu da miséria pode ser algo belo aos olhos leigos, quando em síntese não estar na miséria é ter pouco mais de R$ 75,00 por mês e milhões ainda vivem assim. Fica claro, assim, que por mais que existam políticas sociais de desenvolvimento, elas necessitam de aperfeiçoamentos para ter eficácia significativa. É necessário, assim, que o governo federal, principal supridor desses programas, realize um aprimoramento dessas ações com prazos de validade da bolsa e junto a isso desenvolva objetivos a serem cumpridos pelos contemplados, como mais anos de estudos e maiores notas no ENEM. Uma união com empresas que oferecesse maior atenção aos currículos dos que estão inscritos nos programas seria de suma importância. Ensinar a pescar pode ser mais custoso no início, mas os diferentes não podem ser tratados como diferentes o tempo todo, igualdade é fundamental não só ao desenvolvimento do país, mas da vida de cada cidadão.