Título da redação:

Insignificantemente absurdo

Tema de redação: Política de desenvolvimento social no Brasil

Redação enviada em 05/05/2015

Dentre as principais dificuldades sociais no Brasil atual destaca-se a desigualdade da distribuição de renda. Há um elevado número de famílias que vivem na miséria, principalmente em regiões menos desenvolvidas como o nordeste do país. Isso exige a existência de programas assistencialistas, como o bolsa família, que com um apoio financeiro ajuda a população mais pobre a sair desta situação precária. Entretanto somente esse auxílio não promove o desenvolvimento social deste contingente, apenas o sustenta, uma vez que não age na raiz do problema. Se não fosse por estes programas muitas famílias estariam morrendo de fome, porém se não houver um eficiente investimento nas áreas de necessidade do ser humano, estas permanecerão dependentes do governo por um tempo indeterminado. Uma população precisa ser autônoma, possuir um emprego bem remunerado, ter acesso a bens de serviço de qualidade. Desta forma os cidadãos se tornam aptos a buscar a independência financeira e de fato apresentar um desenvolvimento social no país. Segundo a reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo, o bolsa família possui uma média de gastos anuais por volta de 20,5 bilhões de reais, o que representa mais da metade dos gastos do governo federal neste mesmo período. Se metade desse valor fosse investido em estrutura de atendimento e geração de empregos, em pouco tempo a questão da miséria do país teria o seu fim. Nesse contexto, se o governo federal pretende mudar a realidade do Brasil, o foco deve ser mudado. Nas mãos dos necessitados a quantia chega a ser insignificante, servindo apenas para comprar o que comer, no entanto quando visto em sua totalidade chega a ser assustador, e fica a pergunta: até quando se pretende carregar este problema? A ideia de auxílio à população é sim correta e viável, mas precisa ser melhor formulada. O que move qualquer país é a sua economia, e desperdícios não podem ser toleráveis. Portanto, conluie-se que a assistência social oferecida pelo governo não é eficiente por si só, deve vir acompanhada de um alto investimento nos bens de serviço da população. Espera-se que o Governo Federal faça um melhor controle destes gastos, destinando parte aos municípios em prol dos investimentos das estruturas locais como saúde, educação e transporte. Além disso os Governos dos municípios podem oferecer isenções fiscais à industrias que procuram se estabelecer para que assim se gere mais empregos. Desta forma, a miséria no país é extinguida de uma maneira muito mais direta e rápida.