Com o aumento da competitividade no mercado de trabalho, os cursos de graduação tornam-se cada vez mais necessários para o sucesso na vida profissional. Na ausência das cotas para o vestibular, a graduação estaria inacessível para a maioria dos alunos provenientes de escolas públicas. A falta de estrutura no setor educacional público é o principal fator que leva os alunos da rede a estarem em desvantagem em relação aos alunos das instituições de iniciativa privada. A estrutura física das escolas públicas geralmente deixa muito a desejar em diversos sentidos, como falta de bibliotecas bem abastecidas, laboratórios de química e informatica adequados. A negligencia do estado em relação à remuneração dos docentes e demais servidores da área também colabora para o aumento na precariedade do sistema, gerando greves que por sua vez atrasam todo o cronograma escolar. Está deficiência pode ser evidenciada por meio de números. Há estimativas de que mais de 65% dos alunos no 5° ano não sabem nem reconhecer um quadrado, um triângulo ou um círculo, 90% dos alunos do 9° ano não conseguem converter uma medida dada em metros, para centímetros. Portanto, como medida paliativa, a curto prazo, é imperiosa a mantença das cotas e ampliação das bolsas para alunos da rede pública. A longo prazo, são necessárias medidas que venham a otimizar o ensino público, como o investimento em educação e a efetiva fiscalização, por parte da população, do destino da verba investida. Outra medida importante é a adoção de um currículo nacional, comum a todas as redes, que indique o que cada aluno deve aprender em cada etapa da escola.