Não é de hoje que a desigualdade entre classes é assunto discutido nos mais diversos debates no Brasil e no mundo. Com tamanha repercussão é natural a indagação quanto à causa de tal desigualdade e pode-se perceber que atrelado à ausência de equilíbrio entre as classes está o modo de produção capitalista, que possibilita um intenso processo de desigualdade. É vasta a gama de filósofos que discutiram esse tema tão pertinente nos dias de hoje: Rousseau assegurava que a desigualdade era decorrente da propriedade privada e Marx acreditava que a desigualdade era causada pela divisão de classes. Ambos os pensamentos são justificados pelo sistema capitalista que, aliado à crescente ambição pelo lucro desenfreado, gera a desproporção de rendas vivenciadas hoje no Brasil e em tantos outros países. Não se pode deixar de levar em conta o inegável crescimento econômico trazido pelo sistema capitalista, mas sabe-se que é inevitável a desigualdade social nesse meio. Imerso no capitalismo está o incentivo à competição e a maximização dos lucros, fazendo com que o gasto com produção seja cada vez menor e, por consequência, a desvalorização do trabalho dos empregados seja cada vez mais frequente. Essa inerente tendência de maximizar lucros está diretamente associada ao crescimento das desigualdades sociais, que faz com que políticas públicas sejam criadas a fim de diminuir tal discrepância econômica. Programas como o Bolsa Família vêm sendo criados pelo Estado, com o intuito de melhorar a qualidade de vida daqueles que estão na pobreza e extrema pobreza, porém não é suficiente. Para obter uma sociedade mais igualitária é necessário que o Estado faça valer sua constituição fornecendo a todos os cidadãos o que lhes é de direito, e cabe também aos empregadores da classe alta se sensibilizarem a fim de compreender seu papel na economia e valorizar o trabalho de seus empregados, para que seja dada a largada e se inicie a estruturação do verdadeiro País de todos.