Quando discutimos a política de desenvolvimento social, levando em conta suas ramificações no campo político e jurídico , devemos considerar sua composição estrutural e histórica como ponto de partida. Rousseau dizia que a propriedade privada originava a desigualdade entre os homens e , consequentemente, gerava privilégios restritos á maioria da população , a exemplo do Brasil , onde encontramos um elevado índice de Gini , de modo que mais da metade da população se encontra na miséria e apenas uma parcela ínfima concentra a maioria da renda. Esta má distribuição se explica pela acumulação do capital ao longo de séculos da nossa história , sendo que o Estado, no qual deveria assegurar os direitos iguais aos cidadãos , acaba sendo minimizado por uma política econômica de liberalização, não só das relações comerciais , mas também dos direitos essenciais a cada componente da sociedade civil. Ou seja , um país onde o abismo entre ricos e pobres é de enorme tamanho e a economia demanda o poder aquisitivo de cada individuo , percebemos que se a estrutura desigual não se modificar , o sonho de harmonia social nunca irá ser realizado. Portanto, é necessário com que pensemos sobre o que é mais justo para o nosso país , o equilíbrio econômico entre os cidadãos com o Estado promovendo o funcionamento de sua legislação universal , ou o mundo sem leis do capital , cujo objetivo é conservar a exploração da maioria em proveito da ostentação de poucos.