Programas de assistência social, como o Bolsa Família, têm gerado polêmica ultimamente. Questiona-se sobre a efetividade e os impactos causados por eles no quadro brasileiro contemporâneo. É a partir desse embate que surge a indagação: a política de desenvolvimento social no Brasil é realmente eficaz? Um dos principais objetivos dos projetos públicos é promover a igualdade social. As cotas estudantis para alunos de escolas públicas, negros e pessoas de baixa renda comprovam isso. Mas tal meta não foi alcançada: a repartição socioeconômica se mostra evidente até mesmo no quadro físico das cidades por meio do contraste entre as inúmeras favelas e os poucos condomínios de luxo. Isso ocorre porque deturpam-se os objetivos dos programas governamentais: usa-se a renda para subsistência, e não para auxílio financeiro. Isso se deve à falta de empregos e à educação deficitária. A plena cidadania e a igualdade de direitos deveriam ser exigidas pela população. Sócrates afirmava que um Estado justo era composto por pessoas justas. Desta maneira, um país sem participação popular não alcança a retidão social. Portanto, a sociedade civil deve agir ativamente de modo a exigir do governo um desenvolvimento educacional consistente e maior abertura do mercado de trabalho às pessoas.