Título da redação:

Alternativas concretas

Tema de redação: Política de desenvolvimento social no Brasil

Redação enviada em 02/05/2015

A política assistencialista brasileira não ajuda no desenvolvimento social do país. No entanto, as “bolsas” distribuídas para as famílias carentes até minimizam as condições de miséria extrema delas, mas não oferecem o essencial: a igualdade socioeconômica. Essa, na verdade, fica cada vez mais longe de ser alcançada por causa do avanço do PIB nacional. Por isso, há enorme contradição aqui. A produção de “comodities” está cada vez maior, o que faz do Brasil uma potência de exportação de produtos alimentares. Porém, a condição das famílias agricultoras não evolui na mesma proporção. Diferente de países que oferecem subsídios e incentivo para a agricultura familiar, como o Japão, o governo brasileiro tenta diminuí-los, fazendo a população carente ficar mais dependente da Bolsa Família, por exemplo. Esse tipo de assistência até ajuda, algumas vezes, manter a alimentação básica das pessoas pobres, mas não é suficiente para a mobilidade social. Logo, os que recebem dinheiro do governo não têm oportunidades de se qualificar e exercer certa profissão para subir na vida, pois ficam estagnados a certa quantia para as necessidades básicas. Assim, a ausência de estímulos para a educação pode ser atenuada com a Bolsa Escola, mas a precariedade dos meios de transportes e da infraestrutura das “escolas”- que muitas vezes são improvisos cobertos com palha na beira de estradas- impedem o objetivo do assistencialismo. Em suma, é preciso minimizar o paradoxo de o Brasil ser uma das maiores economias do mundo e ao mesmo tempo um lugar com tantas injustiças sociais. Oferecer oportunidades para a agricultura camponesa, como especialização e construção de escolas técnicas, além de não substituí-la pelo latifúndio. É fundamental, também, expandir para os lugares carentes tecnologia e educação, com construções de escolas e meios de se chegar nelas. Enfim, fazer com que o programa de transferência de renda seja apenas uma parte do pacote, no qual deve ser incluído o combate à desigualdade social e à concentração fundiária.