A desigualdade é um fenômeno social que afeta em grande proporção milhares de indivíduos em diferentes lugares do mundo, sem exceção de etnias, religiões ou até mesmo de origens. Na sociedade em que vivemos, é comum vermos, situações que vulnerabilizam os menos favorecidos, de tal modo, que os mesmos se tornam excluídos e incapazes de se beneficiarem de seus direitos e participarem efetivamente de eventos políticos e sociais.    Exclusivamente no Brasil, a única exceção que testemunhamos é a das classes financeiramente “amparadas”, que na totalidade dos casos, são beneficiadas amplamente. Pois como é sabido de todos, esses indivíduos usufruem irônica e cruelmente dos privilégios que estão à sua disposição, tais como: mansões, carros importados, plano de saúde, aparelhos eletrônicos de última geração, escola de ensino privado e cursos preparatórios para vestibulares. É importante termos em mente, que em algumas circunstâncias especificas, esses fatos justificam o porquê de muitos filhos de magnatas estarem cursando uma faculdade, enquanto os filhos de muitos assalariados nem se quer concluíram o ensino fundamental. Apesar disso, é válido também considerarmos que a falta de investimentos nas escolas públicas tem contribuído desgraçadamente para o baixo rendimento de muitos discentes em vestibulares, concursos, e nas escolas por todo o país.    Além da educação, há uma escassez indubitável na área da saúde, que no Brasil, se encontra em pleno estado de calamidade. Atualmente, temos assistido episódios trágicos, em que inúmeras pessoas morrem diariamente nas filas dos hospitais brasileiros, ou nas estradas em busca de unidades em funcionamento.    Torna-se evidente, portanto, que a questão da desigualdade social no Brasil exige medidas eficazes, e que conscientize, pois, mesmo identificando alguns avanços, como, por exemplo, o reconhecimento de alguns direitos: bolsa família, minha casa minha vida, mais médicos, e entre outros, estamos longe de uma sociedade definitivamente desenvolvida, ou que se comova com as necessidades alheias. Ademais, o Estado conjuntamente com as demais instituições, devem avaliar a situação dos cidadãos carentes, assim como, também devem investir em projetos sociais que beneficiem os mesmos de maneira justa, em que todos venham a ganhar. Do contrário, teremos que obrigatoriamente concordar com o teórico iluminista Rousseau, a desigualdade crescerá cada vez mais, já que não há compreensão dos meios e tampouco participação a favor dos lesados.