A desigualdade social no Brasil é um problema histórico, a qual provém de uma sociedade colonial aristocrata que objetivava seus interesses em detrimento dos populacionais. Contudo, a política de desenvolvimento social no Brasil começou a ser pensada na década de 1980 e introduziu medidas cidadãs que, em sua maioria, são ineficazes a longo prazo e que se tornaram uma via propagandística eleitoral. Sem um planejamento político e social, medidas como Bolsa Família e Fome Zero foram aplicadas diante de um quadro de pobreza e falta de investimento educacional e público. Dessa forma, se tornaram um bom auxílio na renda da família brasileira, mas não efetivamente uma solução para um problema tão enraizado no país. A exemplo do caráter superficial e de curto prazo dessa assistência, o governo proporcionou o programa de cotas e o Prouni (Programa Universidade para Todos), medidas benéficas e que geraram oportunidades à milhares de jovens, mas não solucionou o problema pela raiz: a precária condição da educação pública. Diante da aparência eficaz que tais programas possuem, setores-base como saúde, educação, infraestrutura, saneamento básico e alimentação para um real desenvolvimento do país são deixados para último plano. Assim, aqueles passam a adquirir um caráter superficial e de propaganda eleitoral do governo que os implanta, não de perspectiva concreta para um futuro melhor à população que depende deles. É imprescindível que os setores-base da sociedade estejam sempre a priori nos investimentos governamentais. Com um planejamento eficiente para o desenvolvimento social, contando com uma maior consciência social da população, a cidadania será estabelecida e o país será, enfim, um Brasil de todos.