O choque cultural provocado pela diversidade dos povos conquistados pela Antiga Roma é geralmente citado como analogia ao preconceito. No entanto, a sociedade do Brasil contemporâneo também detém de tais aspectos. A diversidade presente nesse território está, infelizmente, gerando discriminação, ao invés de ser proclamada como patrimônio cultural. O psiquiatra Augusto Cury defende que para interpretar corretamente os procedimentos históricos e socioculturais é necessário se distanciar dos preconceitos, para que possamos contemplar vividamente seus aspectos. Sob tal enfoque, a intolerância no Brasil atual é, por sua vez, decorrente da debilidade educacional vigente, pois não ensina o aluno a se afastar de suas pré-concepções de modo pleno e acaba contribuindo, dessa maneira, para o desenvolvimento de uma visão preconceituosa sobre determinado povo. Em consequência disso, vê-se casos de preconceito generalizado na rede mundial de computadores. Segundo estudos realizados pela plataforma digital Comunica que Muda, há várias menções intolerantes referentes à etnia, classe social e à aparência nas redes sociais mais famosas. Tal acontecimento expõe, dentre outras coisas, a errônea noção de homogeneidade do povo brasileiro presente no corpo social, fator responsável por inúmeros atos discriminatórios. Assim sendo, medidas são necessárias para resolver o impasse. Almejando a resolução dos problemas em pauta, o Ministério da educação e Cultura deve incluir nos materiais didáticos do ensino fundamental e médio aulas de sociologia e história dos povos brasileiros, explicitando suas culturas sob um viés desprovido de noções pré-conceptivas. Além disso, a Secretaria Especial de Comunicação Social deve realizar propagandas nos veículos midiáticos em horário nobre, informando a população acerca dos males causados pela discriminação. Desse modo , a sociedade brasileira não será vinculada a debates sobre preconceito e será usada como exemplo de tolerância e respeito.