Para Voltaire, notório filósofo iluminista, a liberdade de expressão era tão importante que ele era capaz de morrer lutando pelo direito de expressá-la. Entretanto, embora a liberdade de expressão seja essencial, ela é facilmente confundida com a intolerância, contextualizando assim, um cenário catastrófico de preconceito e ódio. O ataque direcionado a diversos segmentos sociais expressam essa realidade. De acordo com um levantamento realizado pela ‘’Comunica Que Muda’’, programa que usa a internet para manifestar-se, diversos tipos de intolerâncias podem ser vistas com frequência no mesmo meio midiático em questão. Um dos fatores que perpetuam essa problemática é o fato de que nesse meio a difícil identificação de usuários anônimos associado com a difícil aplicação de leis para esses tipos de crime propiciam sobremaneira a proliferação exponencial desse infortúnio. Além do mais, a disseminação de ódio promovida por diversos formadores de opiniões incontestavelmente serve de pilar para que essa moléstia persista, haja que a perseguição de diversos grupos sociais são efetivamente financiadas por vários líderes religiosos, políticos e pessoas públicas no geral. Por consequência, o elevado contingente de pessoas que eles conseguem alcançar, acabam aderindo as suas formas preconceituosas e intolerante de pensar e agir, desintegrando então, qualquer vestígio de cidadania e respeito. Em síntese, a intolerância é um grande mal social que deve ser efetivamente combatido. Sendo assim, apenas quando houver uma efetiva reformulação das leis existentes e a criação de novas pelo poder legislativo é que poderemos diminuir a incidência desse problema. Dito isso, leis que exijam a obrigatoriedade da identificação na internet como também leis que imponham intimações judiciais direcionadas a quem desrespeitar intolerantemente a terceiros será efetiva a medida que as punições promovam uma reflexão consciente da pluralidade social aos agressores, criando uma sociedade mais digna para todos.