Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 09/07/2017

No processo de formação do Estado brasileiro, principalmente no Antigo Regime, o progressivo tráfico de escravos em 1560, a inconfidência das minas e a crescente imigração durante a produção cafeeira no final do século XVIII contribuíram para a miscigenação no país. Nesse sentido, embora tenha sido criadas leis como a Lei Áurea em 1888 para combater o tráfico negreiro, a marginalização do negro foi inevitável e hoje o racismo ocupa uma menção negativa de 97,6%. Desse modo, a constituição se mostra inválida na medida em que há a ruptura na igualdade dos cidadãos perante a Lei. Em primeiro lugar, é indubitável que o Brasil é um país multicultural advindo do contato entre europeus e indígenas. Assim, segundo o fato social de Émile Durkheim, a coletividade, exterioridade e coercitvidade contribuem na formação de um indivíduo, visto que suas crenças, culturas, personalidade e visão de mundo são moldadas de acordo com o ambiente em que ele vive. Dessa forma, torna-se evidente que uma criança não é racista, mas a moral social pode fazê-la ser. Influências da modernidade como a internet são as principais fontes de semeação de ódio, visto a pluralidade de conteúdo nela encontrados e a liberdade para se expressar em forma anônima ou não. Outrossim, além do preconceito racial, a aversão ao estrangeiro vem ganhando espaço nos últimos anos, causando inúmeros problemas sociais. As guerras, conflitos e a miséria são os principais agentes que levam as pessoas a buscarem melhores condições de vida. Um desses fatores é a emigração venezuelana que consegue empregos em ubers brasileiros e é alvo de criticas e ódio, principalmente por parte dos taxistas, que alegam estarem perdendo seu emprego pela concorrência proporcionada pelos ‘’intrusos’’. Fica claro, portanto, que o modelo constitucional atual necessita ser revisado. Logo, a fim de sanar os problemas, a educação social necessita ser revigorada a partir da secretaria de educação, através de palestras nas escolas, pelo menos de 6 em 6 meses por alguém especializado no assunto, para que haja uma unificação entre as próximas gerações de jovens. Ademais, as denuncias deveriam ser mais bem acatadas pela secretaria de segurança pública para efetivar as punições de qualquer tipo de preconceito. Por fim, é necessária a conscientização das pessoas, estimulada pela mídia através de campanhas publicitárias, para que haja a erradicação do preconceito étnico no Brasil. Desse modo, o Art-5° da Constituição se validará e o nosso país passará a ser mais tolerante.