Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 05/07/2017

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo veículo "Gazeta do Povo", o preconceito atinge 99,3% do ambiente escolar no Brasil. Tal estudo, realizado com alunos, pais e funcionários dos colégios, revelou que a esmagadora maioria demonstra algum tipo de prenoção - que vai desde a relacionada à etnia até a relacionada ao gênero. Nesse sentido, é mister analisar alguns dos fatores que propiciam o enraizamento de crenças e atitudes discriminatórias que se manifestam desde as primeiras experiências sociais do indivíduo. Em primeiro lugar, é fundamental ressaltar a contribuição de nosso passado colonial na instauração do quadro. Por ser considerarem moral e espiritualmente superiores ao índio e ao africano cativo, os europeus brancos e católicos fizeram questão de apagar nesses povos alguns de seus principais traços culturais - e os que não aderissem aos novos hábitos e crenças ocidentais eram violentamente reprimidos. Entretanto, hoje, apesar vivermos em um Estado laico, atitudes intolerantes como a cometida contra a menina candomblecista Kailane Campos, apedrejada por um grupo de religiosos extremista, ainda deixam sua pegada na sociedade. Além disso, a mídia - por muitas vezes - ajuda a propagar crenças e conceitos discriminatórios. Como já disse Adorno, sociólogo que estudou a Indústria Cultura, a mídia cria certos estereótipos que tiram a liberdade de pensamento dos espectadores, forçando imagens deturpadas em suas mentes. Nesse âmbito, não é incomum vermos, em filmes e novelas, as mulheres serem retratadas como objetos de prazer ou apenas com aptidões úteis ao lar, negros ocupando posições subalternas em relação aos brancos e os participantes de cultos de matrizes africanas como "feiticeiros". Assim, portanto, é essencial a criação de medidas que busquem amenizar os efeitos do cenário atual. Segundo Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que conhecer o contexto em que está inserido. Dessa forma, é necessário que as instituições de ensino, juntamente à Secretária de Educação, formule práticas pedagógicas, como palestras, oficinas e aulas com o objetivo de inserir o aluno nos mais variados contextos étnico-sociais brasileiros, reforçando a prática da alteridade. Ademais, a mídia deve produzir novelas e filmes que abordem a temática apresentada com a finalidade de educar, alertar e buscar apagar certos preconceitos inseridos no telespectador. Logo, gradativamente, as raízes de preconceito serão extirpadas e a sociedade aprenderá a agir ante às diferenças.