Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 04/07/2017

A formação do povo brasileiro inicia na relação entre a casa grande e a senzala no período colonial, estendendo-se à chegada do imigrante ao decorrer do tempo, o que acarretou em grande mistura genética e cultural. Entretanto, apesar da forte miscigenação nacional, atos intolerantes e discriminatórios persistem no Brasil, dentre os quais o preconceito racial e religioso se revelam em agressões físicas e verbais, cujas denúncias são diminutas e punições pouco eficientes. Desde o início do período colonial, o preconceito racial era evidente, seja na exploração exacerbada pelos senhores ou pela afirmação jesuítica de que o negro não era detentor de alma para ser salva. Logo, o longo período em que a escravidão esteve presente no Brasil foi um fator que corroborou a manutenção de estereótipos negativos voltados ao negro, visto como um ser inferior e incapaz. Todavia, essa visão torna-se infundada, haja vista o desenvolvimento das ciências biológicas que irá expor a forte carga genética e a influência de fatores naturais na determinação das características físicas, sendo a cor da pele uma delas. Paralelo a isso, com a grande miscigenação, houve, também, alta diversidade cultural ao longo do tempo no Brasil, expressando-se nas formas religiosas que se desenvolvem ao unir características estrangeiras a aspectos nacionais, tais como a umbanda e candomblé. Porém, as várias religiosidades não são largamente aceitas e respeitadas, muitas vezes por não serem compreendidas e pouco debatidas. Com isso, há um cenário instável, em que atitudes agressivas contra essas minorias são pouco denunciadas e indevidamente punidas. Diante do exposto, torna-se indispensável o ensino, desde o nível fundamental, sobre a variedade da cultura brasileira, pregando o respeito ao próximo e a tolerância. Outrossim, cabe aos setores midiáticos uma maior exploração de temas ligados ao preconceito, disseminando o conhecimento e informação, como também instigar a população a denunciar atos criminosos e reforçar sobre a igualdade de todos perante a lei, independente de raça, religiosidades e orientações políticas e sexuais.