Desde o século XVI, o Brasil vem se construindo um país miscigenado, constituído por várias faces, etnias e crenças. No entanto, essa pluralidade é também o motivo das variadas formas de preconceito vivenciadas no Brasil. Segundo a Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-lhe, principalmente, à igualdade e liberdade. Porém, paradoxalmente ao Estado igualitário, muitos ainda confundem liberdade de expressão com crimes e tendem a atacar e discriminar pessoas que agem, pensam e são diferentes. Parafraseando o escritor baiano Dorival Caymmi, em seu livro "O mar e o tempo", é preciso criar uma nova cultura fundamentada a ideia de solidariedade e tolerância. Nesse sentido, é preciso respeitar as diferenças de cada indivíduo assegurando-lhe os direitos básicos instituídos na Constituição. Para isso são necessárias alternativas que tenham como protagonistas a tríade Estado, escola e mídia. O Estado deverá promover políticas públicas que visem garantir uma maior autonomia na prática de seus direitos; a escola, como formadora de caráter, deverá incluir em suas atividades palestras que tenham como objetivo integrar e falar sobre religião, orientação sexual, aparência, e todos os tipos de diversidades que devem ser respeitadas; a mídia, por sua vez, deverá veicular campanhas sobre a pluralidade e inclusão. Somente assim estaremos a construir um mundo possível.