Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 03/07/2017

O Brasil é um país extremamente diverso que é constituído pela união de vários povos ao longo de sua história. Todavia, essa pluralidade não se reflete em respeito às diferenças, haja vista que a intolerância está bastante presente no Brasil. Tal fato, por sua vez, é oriundo da ignorância da população e de sua diferença econômica. Gilberto Freyre, em seu livro Casa Grande e Senzala, afirma que a disparidade econômica alimenta a intolerância no Brasil, a medida que justifica certos padrões culturais como dominantes e menospreza os diferentes. Isso porque as classes no poder tendem a estabelecer padrões sociais como o modelo de beleza, cultura e religião para fundamentar seu domínio no campo social, a exemplo do processo de aculturação dos escravos negros no Brasil. Esse fenômeno, em uma nação que ocupa o décimo lugar no ranking de desigualdade mundial, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, deve ser considerado, pois ele dissemina o preconceito e a intolerância por estabelecer padrões a serem seguidos. Somado a isso, Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido, diz que a ignorância acerca da cultura alheia leva à perpetuação de estereótipos e atos intolerantes. Por conseguinte, as figuras preconceituosas criadas socialmente como o índio preguiçoso, o negro malandro e a mulher submissa ao homem se segmentam mais facilmente no ideário popular no Brasil devido à uma educação deficiente, uma vez que o país possui mais da metade de sua população com algum tipo de analfabetismo funcional, segundo a ONU. A diferença econômica entre a população brasileira e sua ignorância não devem continuar como mantenedores da intolerância. Dessa forma, é necessário educar por meio do Ministério da Educação que irá inserir nos currículos escolares nacionais matérias que ensinem o respeito à diversidade brasileira a fim de desconstruir estereótipos e preconceitos. Ademais, deve-se diminuir a desigualdade econômica mediante a ação do Congresso Nacional que, em parceria com o empresariado brasileiro, irá promulgar leis de isenção fiscal para empresas que contratem estudantes de cotas raciais e econômicas no intuito de inserir os menos favorecidos no mercado de trabalho, garantindo melhor distribuição de renda no país e favorecendo a desconstrução de uma ideologia dominante e preconceituosa.