Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 03/07/2017

Foram entre os séculos XV e XVIII que o país tupiniquim recebeu a maior parcela de imigrantes das mais variadas origens contribuindo, dessa forma, para a construção da identidade do Brasil. Contudo, diversidade ética e cultural presente no país é pouco conhecida devido, principalmente, aos estereótipos pré concebidos que por consequência, geram discursos de ódio, estimulam a intolerância e incentivam a violência no país. Primeiramente, é preciso entender as raízes desse problema social na sociedade brasileira. A intolerância racial e religiosa, sendo as mais persistentes, muitas vezes estão associadas entre si. Prova disso é a questão do índio brasileiro e sua matiz cultural. Durante a colonização do Brasil o eurocentrismo esteve muito presente e sob esse aspecto, do homem branco e europeu como centro, diversas etnias indígenas foram dizimadas já que essas, resistiam s constante tentativas de imposição europeia. Além disso, há também a questão do negro africano que no período de escravidão foi proibido de praticar quaisquer costumes de suas origens sendo em muitos casos obrigado a realizar alterações em seus hábitos para não sofrem a duras penalizações. Embora atualmente esse cenário tenha se alterado e posteriormente leis e direitos estabelecidos, a intolerância – seja racial, religiosa, politica ou sexual – ainda persiste na sociedade nas mais diversas formas. Prova disso, são os inúmeros discursos de ódio proferidos no ambiente virtual sendo, por exemplo, os recentes casos da repórter Maria Júlia Coutinho e a atriz Taís Araújo vítimas, em seus perfis nas redes sociais, de ataques racistas. Ademais, há ainda os frequentes casos de violência contra grupos LGBTs que de acordo com o relatório levantado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), a homofobia causou a morte de cerca de 350 jovens no país evidenciando assim, a urgência em realizar medidas pra resolver esse problema social. Fica claro, portanto, que o Brasil apesar de ser um país multicultural ainda carrega reflexos de identidade de uma sociedade eurocêntrica, marcada pelo estereótipo. Desse modo, para mudar esse cenário brasileiro, é importante que o Estado, a mídia e as escolas busquem as possíveis soluções: cabe ao Poder Publico, elaborar programas de fiscalização virtual, cujo objetivo seja vigiar redes sociais e consequentemente buscar punir propagadores de preconceitos e violência; à mídia convém a realização de campanhas de combate a intolerância, abordando o assunto em novelas e programas de televisão; às escolas cabe o papel de educar onde através de debates, palestrar e trabalhos coletivos possam abordar as diversas culturas presentes não só no país como no mundo e dessa formar descontruir estereótipos e assim, em longo prazo, alcançar a tolerância entre povos na sociedade brasileira.