O Brasil é um país caracterizado por sua grande variedade cultural decorrente da miscigenação iniciada desde o período colonial. Consequentemente, existe até hoje um grave problema social e cultural de intolerância com as pessoas consideradas diferentes. Essa se destaca nas redes sociais, as quais se tornaram os meios de divulgação desse tipo de pensamento. Em virtude das formatações culturais pelas quais edificamos a sociedade e a convivência entre os seres nela estabelecida, baseadas no preconceito, percebe-se que todos somos vulneráveis a essa situação. O filme estadunidense "Crash - no limite" demonstra de que maneira a ausência de tolerância para com o outro implica em uma reprodução da violência, que ocorre tanto nas relações sociais quanto institucionais. Além disso, mostra como na realidade as pessoas podem ser, ao mesmo tempo, as discriminadas e as discriminadoras. Com o avanço das redes sociais, o Estado brasileiro se tornou o maior usuário desses meios na América Latina, de acordo com uma pesquisa realizada pela agência eMarketer em 2016. Assim, os intolerantes ganharam um modo a mais de difundir seus ideais, denegrindo outros indivíduos anonimamente, sem medo das consequências. Tal como o caso da nadadora Joanna Maranhão, no qual recebeu comentários ofensivos a respeito da sua performance nas Olimpíadas de 2016 através desses recursos. Portanto, a fim de resolver esses problemas, são necessárias novas medidas. O Ministério de Educação deve aderir a matriz curricular das escolas duas aulas por mês sobre o respeito aos direitos humanos, com o objetivo de formar jovens com mais tolerância pelo próximo. Bem como o Poder Executivo deve divulgar mais informações nas redes sociais e na televisão a cerca do atendimento oferecido pela Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e de que jeito proteger-se na web de qualquer tipo de incômodo, pois se a população estiver ciente do que pode fazer nessas circunstâncias, as pessoas terão mais cautela com o que publicam.