Título da redação:

Pique-esconde

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 30/05/2018

Pique-esconde Apartheid. Escravidão. Castas. No decorrer da história da humanidade, surgiram diversos métodos de dividir a sociedade por suas diferenças, o que fomentou – mesmo em países com a cultura tão diversificada como o Brasil – o estranhamento e a exclusão do distinto. Por motivos que vão de orientação sexual à etnia, de condição financeira à religião, de estética à posicionamento político, a população brasileira, assim como a mundial, demonstra-se consideravelmente intolerante, o que é agravado com os atuais recursos tecnológicos. Com o agravamento da marginalização de determinados grupos, surgiram correntes ideológicas que pregam o preconceito, tais como o racismo e a homofobia, que não só resultaram no aumento das agressões físicas e morais às minorias, mas também no estado de violência constante das mesmas. Segundo dados do site “Lado A”, em 2011, 38% dos homossexuais abriam mão de demonstrar afeto em público, enquanto 30% só a demonstravam amor ao cônjuge em locais frequentados pelo grupo LGBT com medo de sofrerem ataques ou injúrias, evidenciando – assim – o temor das minorias pelo simples fato de ser diferente, mesmo sem estar sob ameaça explicitamente. Por outro lado, um dos grandes instrumentos utilizados para repudiar o outro é a internet, na qual os indivíduos sentem-se imunes à lei e praticam esse ato deliberadamente, inclusive a pessoas famosas, tais como atores, cantores e jornalistas. Pode-se ter como o exemplo o caso da atriz Taís Araújo, a qual foi chamada – em uma postagem de uma foto dela na própria conta – de “macaca”, ”Bombril”, “vassoura” e outros insultos devido à sua afrodescendência e, como em diversas ocasiões, a vítima optou por não prestar queixa na delegacia. Observa-se, portanto, que a intolerância tornou-se presente no cotidiano da sociedade brasileira, necessitando de medidas. Por isso, as escolas devem, em parceria com as famílias, introduzir as diversidades socioculturais no aprendizado dos jovens, a fim de que eles as compreendam e as respeitem, enquanto as ONG’s precisam, em auxílio ao Estado, gerenciar e denunciar os casos de preconceitos nas redes sociais. Além disso, o Ministério da Justiça, em conjunto com a Polícia Civil, necessitam divulgar e estimular – por meio das mídias – a denúncia contra discriminadores, intervindo com as medidas judicialmente cabíveis, visando promover a justiça e garantir a segurança das minorias.