Título da redação:

Marcas indeléveis do último país a abolir a escravidão

Tema de redação: Pluralidade e (in) tolerância no Brasil

Redação enviada em 04/10/2017

O quadro "Operários" de Tarsila do Amaral não representa apenas os trabalhadores das industrias brasileiras, mas também a pluralidade étnica e racial presente no país que recebeu imigrantes de todos os continentes do mundo. Logo, é irrefutável que a tolerância é necessária para o convívio harmonioso nessa sociedade. No entanto, resquícios culturais de uma sociedade racista e a tecnologia fomentam o contrário, a intolerância. Em primeiro plano, mesmo não sendo minoria, os negros e pardos sofrem com marcas indeléveis da cultura escravista. Nesse sentido, segundo o censo de 2010 do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população branca brasileira é representada apenas por 49% dos autodeclarados, porém o maior indício de intolerância ocorre no âmbito do racismo. Assim, essas são as consequências a longo prazo de um dos últimos países a abolirem a escravidão, comprovada pela pesquisa do site "Comunica que muda", segundo o qual 97,6% das menções contendo intolerância eram a respeito da cor de pele. Ademais, de acordo com Albert Einstein, é indubitável que a tecnologia ultrapassou nossa humanidade. Em suma, pela vantagem do anonimato dos usuários presente nas redes sociais e a exacerbada poder de disseminação de mensagens e "posts", essa plataforma tornou-se o maior e mais rápido meio para desumanização, pois, segundo a pesquisa do site "Comunica que muda" em apenas 2 meses de contagem forem constatados 393284 casos de intolerância. Consequentemente, mostrando como normais essas atitudes frente as novas gerações, inseridas cada vez mais cedo na via tecnológica de informações. Ficam claros, portanto, os empecilhos a respeito da pluralidade brasílica. Dessas, a escola deve mostrar aos alunos a mistura étnica e racial presentes no país e que o respeito é importante e necessário para o desenvolvimento da nação. Nesse contexto, essa instituição de ensino deve pedir mais trabalhos escolares, em que por meio da pesquisa os discentes vejam os diversos povos que vieram para o Brasil e a suas árvores genealógicas, representando a mistura de raças que essas crianças são a fim de promover um respeito mútuo diante as diferenças e com isso preparando essas gerações para a inserção dentro das redes sociais, combatendo essas atitudes ainda presentes de intolerância.